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Psicoterapia como Experiência de Campo: um olhar gestáltico sobre a clínica

  • 30 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 20 de set.

Na Gestalt-terapia, a clínica é compreendida não apenas como um espaço entre duas pessoas — terapeuta e cliente —, mas como um campo de experiência em constante transformação. Esse campo é formado por tudo o que está presente na relação: emoções, pensamentos, gestos, histórias pessoais, contexto social e cultural.



Psicoterapeuta atende paciente em sessão individual, ilustrando a psicoterapia como experiência de campo na Gestalt-terapia.
Atendimento em psicoterapia representando o encontro entre terapeuta e cliente na Gestalt-terapia, ilustrando a clínica como experiência de campo.

A ideia de psicoterapia como experiência de campo destaca que cada encontro terapêutico é único e irrepetível. O terapeuta não atua como alguém externo que “aplica técnicas”, mas como parte integrante da relação, co-construindo sentidos junto ao cliente. Isso implica reconhecer que a experiência clínica não se reduz a diagnósticos ou protocolos: ela é viva, dinâmica e marcada pela singularidade de cada pessoa.


Nesse contexto, três aspectos tornam-se centrais:


  • O papel do terapeuta: não apenas como especialista, mas como presença humana, com sua escuta, sua história e sua forma de estar no mundo.

  • A dimensão ética e estética da relação: ética, porque envolve responsabilidade diante do sofrimento do outro; estética, porque a forma do encontro, a beleza e a autenticidade do contato importam tanto quanto o conteúdo.

  • A aprendizagem experiencial: a clínica é lugar de descoberta, em que teoria e prática se encontram. Casos clínicos, supervisão e reflexão crítica ajudam o terapeuta a ampliar seu olhar e seu modo de intervenção.



Falar em experiência de campo é reconhecer que a psicoterapia acontece em uma teia de relações. Não existe cliente isolado, nem terapeuta neutro: ambos são atravessados por contextos políticos, culturais e históricos. O campo é sempre maior do que as duas pessoas na sala (ou na tela, quando online).


Ao compreender a psicoterapia como experiência de campo, abre-se espaço para um trabalho clínico mais humano, criativo e comprometido com a singularidade de cada sujeito. É uma forma de resgatar o essencial: a vida em relação, no aqui e agora, como terreno fértil para o cuidado e para a transformação.


A3 | Psicoterapia como Experiência de Campo | Prof. Dr. Marcus Belmino
20 de setembro de 2025 13:00 – 17:00 BRTPós em Gestalt | 6ª Edição | Módulo 8 | A3
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